quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O pão de cada dia nos dai hoje


Você se lembra o que você comeu e quantas vezes comeu hoje? Você já fez a conta de quantas vezes jogou comida fora no lixo que fica em cima da pia? Você já teve uma crise de nervoso por não ter uma batata frita ou um chocolate pra comer, quando o que você precisava havia em abundância na dispensa? Esses são acontecimentos que passam despercebidos no nosso dia a dia, mas se pararmos pra pensar na frequência com que acontecem, percebemos o quão são graves. Nesse momento, alguém daria tudo pra ter no prato a verdura que você despreza. Há uma criança chorando por não ter o leite que você joga fora, e há uma mãe comendo restos e deixando o resto para seus filhos. Nós seres humanos, não somos gratos pelo básico, e o que é pior, isso vive vagamente dentro de nós. Isso não quer dizer que você seja uma má pessoa, mas quer dizer que você pode se tornar melhor se passar a valorizar tudo de bom que existe em suas mãos. Vale lembrar que de acordo com a FAO, pelo menos 5 milhões de crianças morrem de fome por ano, mais de vinte milhões de crianças nascem abaixo do peso padrão, correndo maior risco de morte durante a infância, e as que sobrevivem revelam incapacidades mentais e físicas permanentes. Mas é comum pensarmos em fome e direcionarmos nossa mente para os países de África, que de fato sofrem mais com esse problema social, além de sofrer também com as condições desumanas de sobreviência. Mas a fome é um acontecimento que está presente em cada canto do planeta. O problema é encontrar onde está o problema. Será na super população? Será na falta de espaço para cultivar alimento? Ou será na política que rege o país? O mundo é grande, e capaz de produzir alimento pra toda sua população. O que falta é humanidade, e o que sobra, acomodidade. Já se sabe a forma de combater a fome no mundo: gerar empregos, oportunidades, dar terras na mão dos pais de família para que esses plantem, alimente seus filhos e dê oportunidades pra que seus filhos consigam alimentar seus netos. É uma questão de vontade política e mundial, que de acordo com os dados assustadores, não tem sido prioridade. É importante pra nós termos uma roupa bacana, aquela comida de restaurante ou o celular do momento, mas você pode tomar partido e viver para seu sentimento, e não para seus materiais. Lembre-se, uma pessoa agora gostaria de ter uma mínima parte do que você possui. Não troque sua humanidade por bens, não troque sua generosidade para parecer legal. Ajude quem precisa, e será recompensado. Ame o próximo, ore e peça proteção para quem precisa, pois o que desejamos para o outro, nos volta em dobro.


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