segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Eu tô aprendendo da forma mais dura como é perder algo que jamais imaginei perder. Eu passei os dias e os meses vendo tudo se desfazer, tudo virar pó e agora procuro saber como lidar com isso. A pior parte já passou sabe? Aquele aperto no coração foi embora e agora eu só consigo pensar no futuro. Na verdade eu tô tentando encarar da melhor forma possível, afinal, tudo tem um fim e comigo não ia ser diferente. O que eu tinha pra chorar eu já chorei e hoje só quero colocar a cabeça no lugar e me desfazer das últimas memórias que insistem em atormentar. Nem sempre dura, nem sempre é eterno. É preciso lidar com isso, nem que seja na marra, nem que seja só pra fingir que tá tudo bem. O ponto final uma hora ou outra aparece, é inevitável. Tem uma hora em que as montanhas começam a ficar altas demais e já não se sabe se vale a pena escalar. Chega a hora em que nada mais faz sentido e a única coisa a se fazer é passar por cima de todas as lembranças e encarar de cabeça erguida o que o destino tratou de reservar. De uma maneira ou de outra, a vida continua e não dá pra parar em qualquer tropeço. Eu poderia continuar sofrendo e me torturando ao pensar que tudo pode voltar a ser como antes, mas não. Não vou abrir mão de tudo aquilo que ainda tenho pra viver, não vou dar murro em ponta de faca outra vez, não vou deixar nada nem ninguém me impedir de seguir em frente. Não hoje, não agora, não mais.

terça-feira, 7 de agosto de 2012


Eu gosto de disfarçar e na verdade, disfarço muito bem. Muita gente por aí acha que sabe o bastante sobre mim, acha que pode falar quem eu sou ou do que eu tenho medo, mas na verdade, eu prefiro me guardar. Tem coisa que é só minha e de mais ninguém. Não é bom escancarar a vida pra qualquer um, mostrar as fraquezas e os pontos fracos, porque alguém algum dia vai usar isso contra você, e usará: eu aprendi isso da pior maneira possível. Só entra no meu mundo quem eu deixo, só me conhece verdadeiramente quem eu permito conhecer. Pra isso existe um motivo simples: quanto mais você se entrega e deixa se  transparecer para as pessoas, mais elas se acham no direito de se meter na sua vidar e dizer o que é certo ou não. É sempre assim. Ás vezes é uma relação jovem que está sendo semeada, mas quando você dá muita liberdade, elas querem opinar em tudo e te olham torto quando você faz algo que foge ao conceito delas. Tá faltanto gente que aceite a gente do jeito que a gente é. Seria bom se nós pudessemos nos mostrar inteira e verdadeiramente pros outros sem ser julgado por um defeito ali, ou outro aqui, se pudessemos abrir o coração e falar sem medo de mal interpretação ou sem medo de ser mal visto. Tem tanta gente por aí querendo se engrandecer apontando os erros dos outros, querendo impor o que é certo ou errado. De um jeito ou de outro, tem gente por aí esperando só uma oportunidade pra meter o bedelho na vida alheia. É por isso que eu acho melhor guardas muitas coisas só pra mim. Não sei até que ponto as pessoas vão estar do meu lado, não sei até que ponto elas vão me compreender e não sei se elas vão se sentir no direito de dar pitacos onde quiserem. E não adianta se enganar, todo mundo se sente assim uma hora ou outra. Todo mundo tem um lado desconhecido, um lado preservado. Ninguém se dá inteiramente pra ninguém, tem sempre um lado a ser desbravado, um cantinho a ser descoberto. Mas isso não é tão ruim, afinal, é melhor ser um diário trancado a sete chaves, do que ser um livro aberto que todo mundo lê.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Uma loucura. Muita gente diz que foi uma loucura ter feito o que eu fiz. Pular de cabeça assim numa coisa tão incerta, tão complexa. Eu realmente me esqueci de tudo o que era contra, e me entreguei de alma e coração naquilo que eu queria. Eu sempre sonhei com um amor assim, que fosse diferente de tudo aquilo que eu já tinha vivivo, que me fizesse sonhar acordada e sentir o coração pular a cada momento próximo de encontrar você. Naquele dia eu senti um mar invadir meu peito. A água era fria e eu sentia medo sim. Medo de estar vivendo um sonho, medo de me arrepender depois, medo de não aguentar o que estava por vir. Mas você veio com toda a calma do mundo, e me fez acreditar que tudo aquilo era a mais doce e encantadora realidade, e me abraçou como quem abraça o mundo, como quem abraça o futuro. Eu pude sentir o seu calor, o seu coração pulsando depressa, como o meu. Fechei meus olhos e desejei que aquele momento fosse eterno, que o relógio parasse e que aquela noite durasse para sempre. Não foi assim. Os dias e as semanas passaram, mas de uma maneira deliciosa eu continuava vivendo aquilo de forma intensa, de forma apaixonante. Quando precisei lidar com a distância confesso que tudo mudou. Uma mão gigante veio e apertou meu coração, e eu me perguntava até quando aquele tristeza iria durar. A resposta veio quando te encontrei de novo, pois todo aquele amargo da vida desapareceu e eu pude sorrir novamente. E assim estamos caminhando, entra tantas indas e vindas, entre tantas mudanças e perguntas. Eu me tornei outra pessoa desde aquele dia. Eu aprendi a encarar tanta coisa, aprendi a suportar tudo com mais fé e paciência, aprendi a te amar desse jeito tão sútil mas ao mesmo tempo tão intenso. Muita gente diz que foi uma loucura ter feito o que eu fiz. Pensando bem foi uma loucura, na verdade, foi a melhor loucura da minha vida.

domingo, 5 de agosto de 2012


O que restou foi essa vontade de caminhar pelo labirinto, procurando o lugar onde a realidade é mais bonita. E não importa mesmo o que aconteça, eu decidi não me abalar por nada nem ninguém. Se tudo der errado, eu tento de novo. Se anoitecer, eu espero o sol. Se eu errar o caminho, volto do começo. E então você me pergunta: e se seu sonho não der certo? Francamente, meu coração é cheio de sonhos, e a vida meu amor, está só começando.

sábado, 4 de agosto de 2012


É preciso suportar. Suportar acordar cedo, suportar a dor de cabeça, suportar o dia que não passa. Suportar o café frio, a aula chata, suportar a ignorância alheia. Suportar as consequências das decisões, suportar a falta de interesse, suportar a saudade que machuca. É preciso suportar as palavras que ferem, suportar as lágrimas que querem cair, suportar o grito que tá entalado na garganta. Suportar o fim da amizade, a ausência do amor, suportar o tempo que insiste em não passar. Suportar a indiferença, o orgulho, a falta de fé. É preciso suportar o medo, a insegurança, é preciso suportar cada gesto de desinteresse. Suportar o erro, a vontade de desistir, suportar a realidade.
Sabe de uma coisa? Talvez seja esse o segredo: suportar.
É loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou. Entregar todos os teus sonhos porque um deles não se realizou, perder a fé em todas as orações porque em uma não foi atendido, desistir de todos os esforços porque um deles fracassou. É loucura condenar todas as amizades porque uma te traiu, descrer de todo amor porque um deles foi infiel. É loucura jogar fora todas as chances de ser feliz porque uma tentativa não deu certo. Espero que na tua caminhada não cometa essas loucuras. Lembrando que sempre há uma outra chance, uma outra amizade, um outro amor, uma nova força. Para todo fim um recomeço.” 

Antoine de Saint-Exupéry