quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Coragem as vezes é desapego. É aceitar doer inteiro até florir de novo. É abençoar o amor, aquele lá, que a gente não alcança mais.
E eu vou vivendo e vendo os dias passarem lentamente. Tentando me enganar e fingir que daqui a algum tempo tudo vai permanecer igual. Tentando não lembrar que em breve um sopro violento vai levar de mim tudo o que eu possuo em minhas mãos. Meus momentos, meus "amigos eternos", minhas lembranças e as páginas que escrevi. De uma certa forma, tudo vai permanecer dentro de mim e vir a tona quando eu quiser. Mas dói. Dói saber que tudo fatalmente vai ser diferente daqui a algum tempo. Dói saber que os laços que construi estão sujeitos a se romper em qualquer momento. Cada pulo que dou no futuro para tentar presumir o que irá acontecer me faz ficar desesperada. Quando tento olhar pra frente não consigo imaginar as coisas de outra forma, por mais que eu tente. Ainda estou acomodada e muito apegada em tudo o que aconteceu e ainda vem acontecendo. Mudanças são tão normais e são necessárias de vez em sempre. Mas acho que ainda não me acostumei com essa ideia de mudança radical nas entrelinhas da minha vida. Preciso entender de uma vez por todas que vou ser obrigada a recomeçar, que vou sofrer da dor do desapego, que as lembranças serão perturbadoras dentro da minha cabeça, mas eu vou precisar aguentar. Eu me considero uma pessoa corajosa, mas tenho meus momentos de covardia, confesso. Agora estou sentindo insegurança, e sentindo falta de uma coisa que ainda possuo. Estou me aproximando daquela cruzadilha em que é preciso decidir pra que lado vou seguir. Queria ter um pouco mais de força. Queria me libertar de tudo com mais facilidade. As vezes, eu queria apagar tudo e começar de novo pra não ter que carregar comigo a dor da saudade.
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