terça-feira, 26 de abril de 2011

Cheio de vazio


Como sempre nesse mundo onde a aparência sempre sai na frente, a carcaça vale muito mais que o conteúdo.
Tão linda, roupas de grife, conhece muita gente, cercada de pessoas.. mas tão burrinha. O máximo que consegue é um beijo e uma noite de quase-amor, depois um pé na bunda e uma má fama. O que é pior, isso faz dela uma pessoa bacaninha.
E um outro. É sempre manipulado por quem está perto. Não consegue se expressar, não consegue dar um sorriso verdadeiro com medo de perder sua preciosa popularidade. Tem sempre que forçar uma piadinha e fingir que é bobinho pra conseguir atenção dos outros e pagar de engraçado.
Os valores estão se perdendo. Agradar as pessoas e fazer falsos-amigos é muito mais importante que se impor e conquistar amizades deixando se estampar na cara os defeitos. Ninguém aceita mais pessoas que não seguem os padrões legais da sociedade. E quem guarda sua essência e demonstra pros outros quem realmente é, ao invés de ser o autêntico e verdadeiro, acaba sendo o patético e fora de moda. Ser igual aos outros é mais legal. Falar mal dos outros é divertido. Fingir e dissimular é tão simples quanto respirar. Você abre os olhos e vê um verdadeiro espetáculo de fingimento e falsidade. Os conceitos estão se invertendo.
Quem era amigo mas não veste uma roupa chique, já não serve mais. Se você finge ser quem não é mas isso te deixa cercado de gente, parabéns! Você é um ótimo amigo!
Forçar palavras, sorrisos e viver embaixo de um pano é uma boa forma de conseguir companhia.
Principalmente aquelas que vão correr na hora que você precisar.
Num mundo de mentiras e hipocrisia, muitas pessoas se sentem um poço de vergonha. Aqueles que dão a cara a tapa mostrando a personalidade parecem perder, mas ganham aquilo que não se pode comprar e nem fingir ter: caráter.

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